Este é um registro de pessoas que pudemos de alguma forma vincular à história do MC1000, encontrando seus nomes em materiais referentes a ele.
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Bernardo (sobrenome desconhecido)
Tem o nome indicado no campo “VIST.” (“visto por”?) na ficha técnica dos esquemas elétricos do MC1000 e seus periféricos, entre o segundo semestre de 1984 e o primeiro semestre de 1985.
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Carlos Flaquer da Rocha
Segundo e-mail de Otto Sernatinger (2013-08-19), foi o responsável pela elaboração do manual do BASIC do MC1000. O próprio Carlos, por e-mail (2013-08-21) relatou:
Lembro-me de quando fui encarregado de produzir os dois manuais dele (BASIC e Referência), e não havia nada. Quem me ajudou muito foi o nosso amigo Hugo, que descreveu todas as funções que havia na ROM. A partir daí fui fazendo os manuais. Lembro-me sempre de chegar a ele perguntando alguma coisa, e lá ia ele no comando
DEBUG
, para descobrir algum comando. Um dia eu o chamei de “Debugo”, e o apelido pegou. -
Dirceu (sobrenome desconhecido)
Tem o nome indicado no campo “DES.” (“desenhado por”?) na ficha técnica dos esquemas elétricos do MC1000 e seus periféricos (e no campo “VISTO” de algumas alterações posteriores), entre o segundo semestre de 1984 e o primeiro semestre de 1985.
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Divino Carlos Rodrigues Leitão
Relatou que foi convidado (contratado?) por funcionários da CCE para desenvolver programas para MC1000 quando foi visto programando um exemplar em exposição durante o Rock In Rio de 1985. Recebeu gratuitamente equipamentos para o desenvolvimento. Teve problemas para fazer um programa de cálculo do Imposto de Renda por causa da limitação do tamanho dos números de ponto flutuante, e depois a falta de informação sobre as rotinas da ROM (que nem mesmo os programadores da CCE que ele consultou conheciam bem) atrapalhou a adaptação de um jogo em código de máquina, até que foi comunicado que não precisava mais continuar porque o MC1000 seria descontinuado.
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Engesoft (empresa)
Na final do código-fonte em BASIC do 3° programa da fita “Curso de BASIC”, há uma linha
9104 PRINT "###ENGESOFT###ENGESOFT###ENGESOFT###"
que vem após uma instruçãoGOTO
e nunca é executada. Nos anos 80 havia em São Paulo uma software house chamada ENGESOFT Tecnologia na Informática Ltda., que existe até hoje. Teria ela sido contratada para criar o curso? Segundo e-mail (2013-08-) de um ex-funcionário da CCE,Era um dos parceiros de desenvolvimento de produtos (software) para os computadores da CCE, especialmente o Exato.
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Felipe Abramvezt
Assinou programas da fita de 50 programas em BASIC pela CCESOFT em abril e maio de 1985: Apresentação, Desenhando, Some sounds, Grafimania, Agenda telefônica, Econômetro, Demo printer.
Em sua página no LinkedIn, relata que trabalhou na CCE como estagiário de janeiro de 1985 a janeiro de 1986,
atuando no CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento), utilizando computadores da linha MC-1000, MC-4000 (Exato-Pró) e MC-5000 PC/XT, desenvolvendo e ministrando cursos de treinamento para usuários do micro MC-1000, realizado no Mappin em 1985.
Também participou da VI Feira de Informática em 1985.
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Hugo Corenzan Júnior
Segundo e-mail de Otto Sernatinger (2013-08-19), usou intensamente o comando
DEBUG
para tentar melhorar a ROM do MC1000, motivo pelo qual ganhou o apelido de “Debugo”. Falecido. Foi também maratonista e mergulhador. Segundo outro ex-funcionário da CCE (2013-08-21), a CCE não recebeu documentação da ROM do projeto original, apenas o dump e uma listagem em Assembly, sem comentários. Coube ao Hugo estudar e decifrar aquilo tudo, em meio a pilhas de formulários contínuos. Ele era o único que entendia a ROM. -
Jairo Zeitel
Segundo e-mail de Otto Sernatinger (2013-08-19), era Gerente de Produto do MC1000, subordinado ao João Bittencourt.
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João Pedro Bittencourt
Identificado como Gerente de Marketing da Divisão de Informática da CCE em uma nota da Revista Micro Sistemas de março de 1986 sobre o lançamento do MC-5000 XT. No mesmo ano, em agosto, a CCE ainda exibiria o MC1000 entre seus produtos em seu estande na VI Feira de Informática. Em matéria do caderno de Informática da Folha de São Paulo em 1° de fevereiro de 1984, sobre o Exato, ele foi descrito como “um velho conhecedor do setor brasileiro de informática, que a CCE ‘comprou’ de um concorrente no momento em que decidiu disputar o mercado de micros.” Segundo e-mail de Otto Sernatinger (2013-08-20), um dia ele chegou e pediu a elaboração, no prazo de uma semana, de 50 programas em BASIC (ele queria 100) para uma fita que seria fornecida de graça para quem comprasse o micro.
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Jorge Luís S. Santos
Assinou programas da fita de 50 programas em BASIC pela CCESOFT em abril e maio de 1985: Histograma, Reverso, Teste de aritmética, Gráficos 1.
Fazendo uma busca no Google por "jorge luís" s. santos cce OR mc-1000 OR mc1000, encontrei uma página fazendo uma referência recente (2013) a um funcionário da Digibras/CCE chamado Jorge Luís Silva dos Santos. Será ele?
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Otto Longo Sernatinger
Assinou programas da fita de 50 programas em BASIC pela CCESOFT em abril e maio de 1985: Dente-de-leão, Caleidoscópio, 3 telas, Teias, Reflexo, Linhas, Cicloide, Senoides, Jogo de dados, Frases, Número oculto, Calendário, Tira-letras, Espelho, Negativo, Moldura, Ordenador alfabético, Conversão de arábicos para romanos, Loto, C.P.F., Conversão grau Celsius—Fahrenheit—Celsius, Palíndromas, Alfabeto I, Alfabeto II, Código Morse, Cebolinha, Números primos, Fatorial, Cálculo de π, Triângulos, Raízes de polinômios, Fatores primos, Conversão de base, Regressão linear, Exponenciais, Soma de matrizes, Invasão das formigas, Simulação de gráfico.
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Ricardo (sobrenome desconhecido)
Tem o nome indicado no campo “APROV.” (“aprovado por”?) ou “REV.” (“revisto por”?) na ficha técnica dos esquemas elétricos do MC1000 e seus periféricos, entre o segundo semestre de 1984 e o primeiro semestre de 1985.
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Sérgio Turkienicz
Assinou um programa da fita de 50 programas em BASIC pela CCESOFT em abril de 1985: Cálculo de volumes.
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“Loira” (nome completamente desconhecido)
Mencionada por Divino Carlos Rodrigues Leitão, de memória, como “Gerente de Produto” do MC1000 em seu relato sobre seu envolvimento no desenvolvimento de software para o MC1000. Otto Sernatinger esclareceu por e-mail (2013-08-19) que o Gerente de Produto era o Jairo Zeitel e (2013-08-20) que a loira trabalhava no Departamento Comercial da CCE no Rio de Janeiro.