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luanfelipebr authored Oct 28, 2024
2 parents b768ab8 + f676288 commit 7b9ead4
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7 changes: 7 additions & 0 deletions .codesandbox/tasks.json
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{
// These tasks will run in order when initializing your CodeSandbox project.
"setupTasks": [],

// These tasks can be run from CodeSandbox. Running one will open a log in the app.
"tasks": {}
}
28 changes: 28 additions & 0 deletions content/txt/doi-sao-paulo.md
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author: "Luan Felipe"
title: "Dói, São Paulo"
date: "2021-06-24"
description: "Sobre a vida em São Paulo, abordando autodescoberta, relacionamentos e crescimento pessoal. Uma jornada de aprendizado, desapego e busca por equilíbrio emocional."
draft: false
tags: ["São Paulo"]
categories: ["Crescimento pessoal"]
series: ["textos"]
aliases: ["doi-sao-paulo"]
image: "images/doi-sao-paulo.jpg"
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são paulo,

já faz alguns anos da minha chegada. apenas duas malas cheias de livros e roupas. a câmera pendurada no ombro e uma mochila de expectativas bem embaladas com medo que pudessem quebrar. fase nova. tem situações que acontecem rápido demais, você não percebe. assim como não percebi os anos que passaram até aqui.

abri espaço para gente nova. mergulhei em experiências que nunca tive, conheci restaurantes, baladas, praças com um pôr-do-sol maravilhoso. desenvolvi gosto pelo diferente e promovi festas. sem dúvidas os meus 23 e 24 anos foram bem comemorados. cada um com sua fase, cada ano com um luan se perdendo em suas próprias descobertas.

nesse tempo, deixei ir quem não queria ficar. quem eu não queria que ficasse e quem fazia mal ao tentar fazer parte. doeu, são paulo. o apego dói mais quando a gente acredita que dá. quando ignoramos os sinais do corpo pedindo por ar fresco ou colocamos sobre o outro a responsabilidade de lamber nossas próprias feridas. dói quando a imagem no espelho é insuficiente e você tem certeza de que daquilo só virá o pior. é terrível se ver em relacionamentos danosos, ver que pode ser sutil e que você teve parte na desestabilização. tem que aceitar isso, refletir e se reestruturar. peça desculpas se assim quiser. aprenda com seus erros e deixa ir.

são paulo, tem experiências que às vezes não são pra gente. tem lugares que não nos fazem bem. tem gente que entra na nossa vida para mostrar o quão incrível a gente é. porém, tem quem sai dela te deixando um vazio doloroso por ter feito você se sentir culpado, por transformarem em problema aquilo que você admirava em si. tem gente e tem gente. e todas elas passam por você por um motivo. às vezes sobra um carinho, às vezes saudade. e outras um peso.

e nessa de sentir saudade, são paulo, com peito pesado ou com a alma leve, a gente vai aprendendo que até a saudade precisa ser recíproca para ser saudável. que equilíbrio é ter amor próprio e que tudo bem quando as coisas acabam com respeito. vai ficando tudo bem. nesse fluxo de idas e vindas, na montanha russa do que acaba e recomeça, enchi de novo minha mochila com algumas expectativas.

mudança aparece sem pedir. tem sinais e podem trazer caos. as minhas vieram com algumas tempestades. tiraram meu chão e me desconectaram de tudo o que eu conhecia de mim. ela me consumiu. pedaço por pedaço. fiz o que eu precisava para tentar me sentir bem. aprendi o poder da autorresponsabilidade em que ninguém é obrigado a abraçar minhas inseguranças. meu caos, minhas dores. porém, veja como um alerta quando alimentam seus demônios. escute seu corpo. aprenda a separar as fases positivas das negativas e não as veja como compensação. se faz mal de propósito, não há respeito. deixa ir. não permaneça em um lugar que não quer o seu bem. todos temos conflitos, mas quem se importa demonstra e fala também. e não há caos que justifique diminuir alguém.

são paulo, estou perdido. se me encontrei nesses anos, foi questão de pouco tempo até me perder de novo e descobrir mais coisas sobre mim. tentando ser constante naquilo que quero bem, vou revendo minha teimosia e desconstruindo meu apego. às vezes tropeço nos pensamentos negativos que apareceram, mas levanto atrás de alguém que quero me tornar. são paulo, o que será que tem planejado para acontecer? e será que algumas delas correspondem às expectativas dentro da mochila?
2 changes: 1 addition & 1 deletion content/txt/hortela.md
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author: "Hugo Authors"
author: "Luan Felipe"
title: "Hortelã"
date: "2021-07-29"
description: "Uma carta aberta à hortelã, explorando a metáfora de um jardim para refletir sobre relacionamentos, crescimento pessoal e a busca pelo equilíbrio na vida."
Expand Down
32 changes: 32 additions & 0 deletions content/txt/termino-que-nao-quero-repetir.md
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author: "Luan Felipe"
title: "O término que não quero repetir"
date: "2021-07-06"
description: "Reflexão sobre términos, rejeição e autoconhecimento. Um relato pessoal sobre a dor de um relacionamento passado e a jornada de aprendizado e crescimento emocional."
draft: false
tags: ["amor", "término"]
categories: ["relacionamentos"]
series: ["textos"]
aliases: ["termino-que-nao-quero-repetir"]
image: "images/termino-que-nao-quero-repetir.jpg"
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Escrever esse texto é estar em uma sala vazia sentado de frente para o meu pior. É sentir o abismo olhar de volta. A sombra sorrir em meio a escuridão. Sentir o desespero pelo oxigênio embaixo d'água. Olhar para trás desesperado por sentir a presença de quem não está ali, mas te observava como manchas de Rorschach. Interpretações únicas para memórias cansadas.

Estou incomodado por escrever, porque é tirar de dentro as situações que aparecem repetidas vezes nos sonhos, lembranças, interações e relacionamentos. O rosto de quem não conheço, no relance de quem passou por mim. É como viver o mesmo dia ruim, sem ter força, vivendo o ápice da esperança sem a conclusão.

Me debater e espernear, como uma criança de ego ferido, decorando os erros que não consigo consertar. Não consigo apagar. Não consigo esquecer. Não consigo ressignificar.

Não consigo. Não consigo. Não consigo.

Há términos que chegam com culpa. Outros com rejeição. Há aqueles com leveza, sabemos que é o melhor. Há términos que fazem sentido, outros que são chantagem. Há brigas, há dores, alívio. Em todos, há o fechamento de um ciclo. O luto. Futuros que não serão escritos e expectativas que precisarão ser calibradas. Há adeus que significa um até logo. E existe até logo que nunca será aliviado com um novo olá.

Minha história mora no ego ferido. Na rejeição. No falar sem comunicar. E é na necessidade de comunicar que aprendi. Aprendi a expor até o que não sei o que sinto, mas sinto. O que é novo, mas ainda não tem nome. Aquilo que já conheço de mim e escolho não sufocar para que o outro se sinta bem. É incrível descobrir consertos para falhas antigas, porém é duro notar que foi demorado. Queria ter sabido antes.

O paradoxo do "viver para saber" com o cuidado de não romantizar para aprender. Poderia ter aprendido de outras formas, mas o processo foi esse. Minha história foi essa. Uma história carregada de medo em abrir o peito para a vulnerabilidade, em não saber que o choro soluçado era a linguagem para palavras que eu ainda não conhecia. Significavam dores que eu não sabia explorar. O corpo tem sinais e a gente paga o preço quando perde as oportunidades de interpretá-los.

Hoje, você é o término que não quero repetir. É a rejeição que não quero reviver. São os ciclos de memórias que ressignifico para que eu consiga ser leve. Porque hoje carrego, como um mosaico, as dores de um amor cansado, carente e soluçado. Um amor onde o silêncio era dor, não paz. E que a desconfiança morava nas entrelinhas dos reflexos que precisávamos melhorar em nós mesmos.

Fizemos o melhor que podíamos com as informações e maturidade que tínhamos. Me conhecer foi o jeito mais bondoso de nos deixar partir, mesmo que não tenha sido o caminho mais tranquilo.

> Fotografia de [Felipe Fonseca](https://www.flickr.com/photos/felipefonseca/2850669239/).
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